Minha Mãe não dorme enquanto eu não chegar

Genocídio, racismo, sexismo no Brasil a partir da visão das Mães que choram as perdas dos seus filhos/as para a violência do Estado brasileiro.

Autores

  • Iraildes Elisia Andrade Nascimento UFBA

Palavras-chave:

Mães de Maio, Racismo, Genocídio, Juventude Negra

Resumo

Este artigo nasce da experiencia vivida com as Mães de Maio, durante o primeiro encontro Nordeste, realizado em Salvador, de 17 a 20 de maio de 2022, encontro este responsável pelo projeto de mestrado da pesquisadora, onde pretendemos homenagear estas mulheres com uma tecnologia de gestão social, memorial digital com lembranças deste encontro e do compartilhamento de memorias de seus entes queridos perdidos de forma violenta pelo braço armado do Estado brasileiro. As primeiras Mães de Maio surgem no Brasil, em São Paulo, depois dos crimes (chacina) praticados no ano de 2006, no mês de maio, vitimando mais de 400 pessoas. No Nordeste, As Mães de Maio vão se organizar a partir da luta incansável da genitora do jovem Davi Fiuza, de 16 anos, desaparecido e segue até os dias atuais sem notícias do seu paradeiro, mas nunca esquecido por esta mãe, atual coordenadora do movimento no estado da Bahia e no Nordeste do país. Pretendemos assim discutir como o racismo estrutura a política de morte em um dos estados mais negros fora de África.

 

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Publicado

2024-01-04

Edição

Seção

ST 4 - Gênero, Políticas Públicas e Divisão Sexual do Trabalho