Violência Feminicida no Rio de Janeiro: A Realidade Interseccional da Mulher Carioca

Autores

  • Samara Ruzza Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

violência contra a mulher, desigualdade de gênero, Análise de Políticas Públicas, Interseccionalidade

Resumo

A violência contra a mulher é um problema originado da organização social e política
baseada na inferiorização do papel do gênero feminino no espaço público. O seu uso é um
instrumento de manutenção de um núcleo de poder político e econômico (SEGATO, 2017).
A cidade do Rio de Janeiro, nos últimos 6 anos, registrou uma maioria de ocorrências de
feminicídios e tentativas em territórios com maior vulnerabilidade socioeconômica e maioria
populacional negra (INSTITUTO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2022). Este cenário revela o
risco do feminicídio ser potencializado se a vítima não possui acesso facilitado a
equipamentos públicos preventivos de revitimização. Isto é, a vida da mulher carioca é
decidida a depender das condições socioeconômicas do seu território. A partir de uma
abordagem interseccional considerando os aspectos econômicos, raciais, territoriais, o
problema da violência se torna mais complexo uma vez que o gênero é mais uma camada
em uma hierarquia social fundamentada nestes recortes. A finalidade do trabalho, portanto,
é ampliar a discussão sobre os desafios institucionais e sociais para a formulação de
políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher na cidade do Rio de Janeiro
a partir da apresentação de um perfil interseccional de vitimização da mulher carioca.

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Publicado

2024-01-04

Edição

Seção

ST 4 - Gênero, Políticas Públicas e Divisão Sexual do Trabalho