OS DIREITOS SOCIAIS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:

AS POLÍTICAS DE PROTEÇÃO SOCIAL ESTÃO DE FATO NA AGENDA POLÍTICA DO ESTADO BRASILEIRO?

Autores

Palavras-chave:

Direitos Sociais, Orçamento Público., Agenda Política

Resumo

RESUMO: Logo após o período ditatorial em que o Brasil passou, entre 1964 e 1985, em que os direitos fundamentais e as liberdades foram cerceadas, através de muita luta, sobretudo dos movimentos sociais, promulga-se, em 1988, a atual Constituição Federal, que, além de jurídica, é um texto de bases econômicas, sociais e políticas. Por possuir elementos democráticos e instrumentos de participação do Povo, é chamada de Constituição Cidadã. Não obstante, quando de sua promulgação, o então presidente do Brasil na época da constituinte, José Sarney, disse na TV que a Carta deixava o país ‘ingovernável’, uma vez que haveria um impacto imediato dos direitos constitucionais perante o Orçamento Geral da União. Apesar das limitações orçamentárias existentes, entretanto, a fala de Sarney se contextualiza com um discurso não condizente com a ideia de Estado Social, onde se possibilitaria a efetivação dos direitos sociais, por meio da realização das políticas sociais, mediante um orçamento próprio, o da seguridade social. Nesse contexto, questiona-se se politicamente o Estado percorre intentos para uma agenda que coloque o Povo no orçamento. Assim, esta pesquisa busca, com base nos orçamentos federal e da seguridade social, identificar e analisar as prioridades governamentais para a concretização dos direitos sociais, constitucionalmente elencados, considerando, para tanto, a dimensão política do orçamento público.

Biografia do Autor

Professor Doutor Fernando Pires, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ -UFC

Graduado em Estatística pela Universidade Federal do Ceará (1976), Especialista em Métodos Quantitativos pela Universidade de Fortaleza (1981), Mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (1991), Doutor em Economia pela Universidade Paris XIII (2000) e Pós-doutor pela Universidade de Montreal-Canadá (2010). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do Ceará, em Economia e em cursos de Pós-Graduação. Tem experiência acadêmica em Desenvolvimento, Pobreza e Políticas Públicas, com ênfase em Economia dos Programas de Bem-Estar Social. Atua principalmente nas seguintes áreas: desenvolvimento econômico, mercado de trabalho, economia regional, estado e economia, proteção social, previdência, saúde pública, economia da saúde e seguridade alimentar e nutricional, nos contextos da América Latina e Brasil, Região Nordeste e Estado do Ceará.

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Publicado

2024-01-04

Edição

Seção

ST 8 - Proteção Social e desigualdades: paradoxos e desafios