O novo marco regulatório do saneamento básico (Lei 14.026, de 2020) e o papel do BNDES na reestruturação setorial

Autores

  • Deborah Werner Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Carla Hirt ifrj

Resumo

O artigo tem como objetivo compreender o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no processo neoliberalização em curso no país, com ênfase na oferta de saneamento básico no Brasil, considerando a atuação do banco na estruturação de projetos de concessão e os contratos de crédito às empresas de saneamento a partir da alteração do marco regulatório de 2020 (Lei n° 14.026). A análise das operações de crédito do BNDES e das alterações legais permitem compreender a contribuição do banco junto aos entes federados na prestação de serviços públicos de saneamento, a atuação de agentes privados de concessão e os novos espaços de Estado que decorrem do processo em curso. Em termos metodológicos, sustentados pelos aportes da economia política, da geografia econômica e da gestão pública, realiza-se análise do Plano Nacional de Saneamento Básico, de 2019, com ênfase na cobertura macrorregional do saneamento básico; discute-se o marco regulatório setorial, destacando as alterações promovidas pela Lei n° 14026, de 2020; para, em seguida, analisar os contratos de crédito do BNDES junto às concessionárias e seu papel na criação de novos mercados (mercadejação), sob a égide da neoliberalização.

Biografia do Autor

Carla Hirt, ifrj

Possui Licenciatura (2006) e mestrado (2009) em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e doutorado (2016) em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ). Em sua trajetória docente, já atuou como professora de geografia nos colégios de Aplicação da UFRGS e da UERJ, bem como foi professora substituta nos cursos de licenciatura em Geografia da UERJ Maracanã e da Faculdade de formação de Professores (FFP) da UERJ, em São Gonçalo. Atualmente é professora de Geografia no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), onde atua no Ensino Médio e no na Pós Graduação Lato Sensu em Educação em Direitos Humanos. Na UFRRJ é docente no Mestrado em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas (PPGDT/UFRRJ). Também é pesquisadora vinculada ao Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza (ETTERN /IPPUR/UFRJ). Tem experiência na área de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino de Geografia, Geografia Política, Geografia Econômica e Planejamento Urbano e Regional. Atualmente é diretora da Seção Rio de Janeiro da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB-Rio) - biênio 2020 - 2022.

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Publicado

2024-01-04

Edição

Seção

ST 17 - Políticas públicas, políticas econômicas e o campo de públicas