Arrecadação Fiscal em Cidade com Patrimônio Urbano Protegido
O ICMS Cultural após o PAC Cidades em Mariana (MG) (2013/2022)
Palavras-chave:
Arrecadação Fiscal, ICMS Cultural, PAC Cidades Históricas, Cidade de MarianaResumo
A ausência de recursos para a preservação e manutenção do patrimônio urbano
protegido é tema relevante e de incumbência também das municipalidades que
apresentam dificuldades para angariá-los. Nesse quesito, duas políticas são
relevantes e visam dirimir a ausência de investimentos para a manutenção do
patrimônio urbano, sendo elas: o PAC Cidades Históricas, de cunho federal, e o
ICMS Cultural, instituído no estado de Minas Gerais. Diante disso, o presente artigo
tem como objetivo geral analisar a arrecadação fiscal relativa ao patrimônio cultural
no município de Mariana, em Minas Gerais, sobretudo, após a implementação do
programa PAC Cidades Históricas. Toma como referência o marco conceitual sobre
a arrecadação de recursos por autores que consideram a inserção das questões
fiscais e discutem os processos de sua aplicação no âmbito citadino. O estudo
prioriza abordagens qualitativas e quantitativas para a coleta e análise de dados e
delimita para estudo de caso a referida localidade. Os quesitos analisados atestam
que o Programa PAC Cidades Históricas fomentou a manutenção da boa pontuação
de Mariana no ICMS Cultural, ainda hoje a impulsiona e ainda há obras sendo
restauradas com seus recursos. O Programa se configura em um catalisador para o
restauro do patrimônio marianense e para a captura de recursos propostos pelos
critérios do ICMS Cultural. Ainda assim, a alocação dos recursos deve ser melhor
debatida, visto que há valores inacessíveis para a restauração de edifícios
residenciais situados na área protegida do município em pauta.